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Mercado de TI 2016: quais perfis contratam mais?

Como um dos mais conhecidos instituto de pesquisa nos temas de tecnologia da informação, o Gartner periodicamente publica pesquisas relativas ao volume de despesas (ou investimentos) em TI, no mundo ou no mercado local do Brasil. Muitos desses estudos são disponibilizados sem custo, alguns somente após cadastro gratuito feito no próprio site. Outras instituições de renome como Forrester Research, IDC ou mídias especializadas como CIO.com TechCrunch igualmente fornecem informações similares, sendo amplamente utilizadas pelo mercado de tecnologia. Nesta análise, tomaremos por base os dados das pesquisas do Gartner.

Gartner TI

Embora esse tipo de pesquisa seja difícil de ser considerado com precisão absoluta, principalmente pelas seguidas correções e ajustes feitos a cada período, crise econômica e/ou flutuação do câmbio, os números e dados históricos nos ajudam a analisar tendências e nos permite melhor critério para ajustar nossa estratégia de negócio, sejam de âmbito comercial, de investimento ou de adequação de recursos.

“…os números e dados históricos nos ajudam a analisar tendências e nos permite melhor critério para ajustar nossa estratégia de negócio, comercial, investimento ou de recursos”

Os dados mais recentes do “Worldwide IT Spending Forecast” apontam para 2016 um crescimento de 0,6% do mercado de TI no Brasil frente a uma estagnação no mundo. É muito pouco face a gigantesca queda de 30% de 2015 com relação ao ano anterior. Para ampliar, aprofundar e aplicar essa análise é importante considerar o cenário conjuntural: crise econômica e incertezas políticas, forte variação cambial e alta taxa de desemprego, assim como as tendências tecnológicas atuais, como: cloud computing, big data, mobile, tecnologias e empresas disruptivas, etc.

“…tendências tecnológicas atuais: cloud computing, big data, mobile, tecnologias e empresas disruptivas…”

Em uma primeira análise, é fácil constatar como despesas em Telecom continuam em declínio e reforçam o temor das operadoras na queda de receita. Ainda assim representa quase metade do investimento total em TI (no Brasil de infraestrutura deficitária é quase 60%). Se agregarmos a consolidação dos serviços cloud e das aplicações mobile, fica simples entender a alta demanda de profissionais de redes e telecom, Unified Communications, arquitetos de infraestrutura, etc.

É igualmente fato o declínio do crescimento do mercado de dispositivos. Ainda assim, os U$14,6 bilhões de gastos em dispositivos representam o equivalente a 40 milhões de celulares, 6 milhões de PCs e 5 milhões de tablets. Esse é o motivo de um volume significativo de analistas de R&S de TI constatarem diariamente a demanda contínua por desenvolvedores iOS, Android, linguagens Java Javascript C++ C# PHP Python Swift Objetive-C e NET assim como ferramentas e framerworks para mobile como:Mono, Ionic, Xamarin, PhoneGap, Angular

Porém, o que realmente chama a atenção é que, mesmo no meio de toda essa crise, os segmentos de SW e Serviços de TI apresentam crescimento significativo. Vários analistas apontam a causa para 2 tendências principais, uma de curto prazo e outra de médio/longo prazo:
a) em período de crises e incertezas,  a necessidade de otimizar custos e aumentar produtividade (famoso: “fazer mais com menos”).
b) em momentos de mudança e ruptura, a tecnologia é diferencial e estratégia de negócio. Vivemos um período de grandes mudanças e quem souber canalizar melhor o uso da tecnologia como ferramenta/driver de negócio terá definitivamente vantagem competitiva sobre os demais.

Quanto aos perfis profissionais, a demanda por competências técnicas será sempre de acordo com a estrutura e arquitetura escolhida por cada empresa, cada vez mais um mix entre dados históricos e sistemas legados com dados desestruturados e aplicativos/dashboards cada vez mais independentes e personalizados.

Ampliando um pouco mais, no quesito “corte de custos” ficam os “mais baratos” da base da pirâmide profissional e os de melhor custo/benefício (agregam mais valor ao negócio, mesmo que com alto custo de salário). Já no caso da tecnologia como diferencial de negócio necessita-se profissionais ecléticos: tanto com visão técnica como de negócio, visionário de rupturas de tecnologia e de mercado mas igualmente capaz de objetivos concretos e realizações no curto prazo, com competências de liderança para conduzir equipes técnicas como de conciliação para agregar os diversos stakeholders de negócio para um mesmo objetivo. Neste caso específico, nos referimos ao talento (tão difícil de identificar e atrair), não somente por suas capacidades – não obrigatoriamente é o “com mais competências” – mas pela sinergia de identidade com o DNA e a necessidade do momento de cada empresa.

É papel do profissional de Recrutamento e Seleção de TI ser capaz não somente de atualizar sua capacidade de análise do mercado e dos profissionais de TI, mas também de auxiliar seus gestores e clientes no planejamento e capacitação de seus recursos humanos. Nosso papel é ajudá-los a cumprir com esse enorme desafio.


Nota do autor:

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One Responseso far.

  1. Danielle Magno disse:

    E creio que o cenário continua o mesmo para 2018. Excelente artigo.

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